Limite que não vemos em um diagrama completo, quem é o operador logístico?
Todas as revisões bibliográficas que temos acesso, não enxergamos o operador logístico exposto a essas integrações. Vemos apenas sentidos de fluxos de atividades e processos, porém quem atua neste meio, o operador logístico, nunca aparece nestes cenários.
Tenho por objetivo neste artigo, abordar a grande importância que tem o operador logístico na gestão da operação. Este que diariamente exerce papel fundamental para integração seja ela inbound, intralogistica ou outbound. Pelo fato da logística ser nova no Brasil e a falta de conhecimento da área sendo clara, enfrentamos gargalos logísticos, que na maioria das vezes, é por quebra de informações entre setores da empresa afetando diretamente a operação logística.
Fato pelo qual vem sendo consequência da forma que é tratada, onde no Brasil a logística ainda é associada a transporte. Mudando este paradigma, a logística deve ser encarada como diferencial competitivo através de uma abordagem estratégica. A logística não é tudo, porem é quase tudo se tratando de gestão empresarial.
A visão holística de processos e funcionalidades, identificando todas as operações da cadeia, que fazem realmente uma operação sustentável economicamente e diferente perante o concorrente, valora o serviço ou a margem de lucro em cima de produtos. Esse é o papel do operador logístico.
O operador logístico muitas vezes não tem a visão holística do processo, não enxerga claramente a importância de sua ação correta seja ela em um pequeno processo, porem que seja a menor falha, esta pode interferir em algum cliente interno e causar a quebra de toda a cadeia. Ele é pressionado por sistemas de gerenciamento informatizados e hierarquicamente em funcionalidades por seus subordinados.
Este fato limita a visão holística do operador, ele acostuma a viver apenas nas funcionalidades que é subordinado. O atuante na área deve ser empreendedor, ter visão holística e entendimento de processos, deve ter respeito a clientes internos e externos para integração da cadeia de suprimentos.
A empresa pode ter um bom gerente de logística e um bom sistema de gerenciamento de informações, porém se não tiver um bom operador, não tem logística eficiente. Para que se tenha um bom operador, é necessário que se treine o operador, deixe de forma clara qual é a importância que ele tem no processo em toda cadeia. Para que se tenha logística que se tenha inicialmente colaboradores treinados e integrados ao processo.
Por: Renato Binoto
Renato Binoto 
Caro Binoto !
Parabéns pelo artigo ! De fato ele escancara o grande gargalo na Gestão por Processo no Brasil, e em muitas outras nações, o Capital Humano.
Para inflexão sugiro o seguinte questionamento: O que é e quando iniciou o processo do Apagão do Capital Humano ?
O excesso da valorização das Hard Skill pode ter reduzido a essência do desenvolvimento das Soft Skill ?
Um Forte Abraço Cardíaco !
LCF Navarro
Prezado Navarro,
Acredito que o grande gargalo esteja na forma Hierárquica das empresas e forma de gestão. O operador não executa processos, executa ordens de seus superiores. Ele não sabe a importância de sua atividade e não respeita o próximo cliente interno, pois em muitos casos não tem conhecimento de quem seja. O empresário brasileiro tem que mudar o foco funcional para foco processual se tratando de atividades logísticas. É claro que a funcionalidade não pode ficar de fora do sistema gerencial, porem, na maioria dos casos a gestão por processos elimina gargalos logísticos.